Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Na terra do Tio Sam
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Não tem preço
Despedir-me de uma amiga com quem aprendi e cresci muito, com o coração apertado de quem não vai mais ter a convivência diária do trabalho, enfim equilibrada depois de muitas emoções, mas feliz por ter a certeza de ver nos olhos dela a esperança de dias melhores em um novo caminho.
Terminar uma semana de trabalho tão estressante como se fosse setembro, e não a semana antes do início oficial do ano no Brasil, com a sensação de dever cumprido.
Descobrir o que é um quati ao vivo, a cores e a muitas risadas.
Visitar a divisa de três países e, intimamente, ter orgulho de ser brasileira, apesar de tudo.
Presenciar um espetáculo fenomenal da natureza, as Cataratas do Iguaçu, ficar embasbacada e ter a certeza de que Deus existe, de que Ele é brasileiro e de que devia estar mesmo muito entediado quando criou este pedacinho do Paraná tão extraordinário.
Comprar o short mais horrendo do mundo, mas com um grande propósito.
Descer uma escadícula de 500 degraus penhasco abaixo, no melhor estilo Indiana Jones, com a diferença de estar morrendo de medo, para fazer rafting no rio Iguaçu.
Visitar uma hidrelétrica gigantesca, ficar embasbacada com o que o homem é capaz de fazer e, de quebra, descobrir de onde vem a luz lá de casa.
Conseguir passar mais um carnaval diferente, fazendo as coisas que eu mais amo, com as pessoas que eu amo, e desopilando completamente.
Voltar para casa.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Educação, de novo
Pular carnaval? Vou e pular o semi-feriado trabalhando. Como fiz durante estes dois meses iniciais do ano. Se bem que, para professor, o ano só começa mesmo quando começam as aulas. Não sei se contei aqui, mas neste ano assumi a vice-direção da escola onde atuo, no turno da manhã. Então, após organizar as coisas de infra-estrutura básica, agora faltam ainda algumas questões de logística e planejar os primeiros dias do ano que começa quarta-feira. Dentro do que me referi à infra-estrutura, não pensem que fizemos grandes obras, não. Mas, por exemplo: para deixar a escola com todas as lâmpadas e tomadas funcionando para o início do ano letivo, foram seiscentos reais em material, fora a mão de obra. Ou as salas de aula pintadas de amarelo queimado e marrom (sic) que eu, a vice da tarde e a diretora pintamos de verde clarinho com a tinta que havia sobrado de uma doação. Pena que a tinta foi suficiente apenas para duas salas, que ficaram muito mais iluminadas, parecem maiores e acho que os alunos vão gostar bastante.
Falo também da rampa de acesso que a escola não possuía e que o avô de uma menina cadeirante que será nossa aluna neste ano construiu, com cimento e areia doados por uma professora. Falo de coisas pequenas, que são importantes para o bem-estar de todos que freqüentam a escola e que, se não incluídas no cuidado e manutenção constantes, se tornam bastante dispendiosas.
Mas o problema não é passar as férias fazendo, contratando quem faça ou pedindo diversas vezes para os pais que façam. (Haja óleo de Peroba para lustrar tamanhas caras de pau!). O problema é que tudo isso acaba tirando o foco da aprendizagem, essa sim, compromisso maior da escola. Claro que uma luz que acende é importante para a educação, mas um professor que tenha seu tempo e espaço de planejamento garantidos e que usufrua deles, também é. Uma biblioteca com muitos volumes é importante mas o bom uso do material também é.
É complicado atribuir à apenas alguns fatores o sucesso escolar, mas é certo que enquanto não se fizer a manutenção apropriada dos prédios escolares, nenhum dos fatores mais pedagógicos poderá ser prioridade.
Não sei como funciona essa questão em outros estados, e peço a quem tiver algo para contribuir, que faça por comentário.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
A Casa
Como já dizia uma música antiga - "a vida da dona de casa é uma luta danada". A cozinha, a lavanderia, banheiro, jardim, cinzeiro, o tanque, copos, panelas e pratos, trabalhos intermináveis. Só mesmo vivenciando os afazeres diários de uma casa para saber quão exaustivo é a vida da dona de casa. Anastácia estava assim entre viver numa República ou numa casa civilizada, a beira de um ataque de nervos e tambem da pia, ela percebia as dificuldades de se manter uma moradia limpa. Hoje Anastácia achava que era simplesmente impossível conciliar trabalhar fora e dentro do lar, e, ao mesmo tempo, admirava aquelas que o faziam com destreza e até prazer.
O dia-a dia, as infindáveis funções cotidianas que consomem o tempo vorazmente.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
O Complexo Complexo da Lagoinha
Por razões que imagino nem ser necessário dizer, sempre evitei o centro da cidade. Aquele tanto de carro, ônibus, até caminhão!! Milhares e milhares de pessoas desrespeitando a faixa de pedestres e os semáforos e o pior: táxis e motoboys!!! Aí eu preferia ir de ônibus e, se o bolso permitisse, de táxi – pausa para um mini flashback: “vou de táxi, cê sabe, tava morrendooooo de saudadeeee”. Fim do mini flash back. Bem, só que há momentos em que é preciso atravessar o centro da cidade e aí o uso do transporte coletivo não soa muito atrativo. O que não tem remédio, remediado está e aí fui me acostumando a atravessar o centro sem maiores traumas.
O único trecho onde eu realmente ainda me perdia era o Complexo da Lagoinha! Menina, impressionante!! Eu ia devagar, prestando atenção nas placas (coisa quase inexistente em Belo Horizonte), e quando assustava, a entrada já tava lá atrás!! Que inferno!! Aí tinha que fazer o retorno lá na casa do chapéu e recomeçar. Aí vinha prestando mais atenção ainda, alguma coisa me distraía por um milésimo de segundo e eu perdia a entrada de novo. Ou então entrava certinho na primeira, mas aí errava na próxima. Uma novela mexicana minhas incursões pelo Complexo da Lagoinha. Mas, como dizia meu ex-padrasto (coisas de famílias modernas), mesmo quando a gente não aprende, acaba acostumando!!! E parei de errar o caminho quando tinha que passar pelo Complexo da Lagoinha.
Ia e vinha feliz, como se eu tivesse euzinha própria projetado o Complexo da Lagoinha. Entra aqui, Bola! Não, na próxima! Isto, agora vira pra lá – pausa para mini flashback: “qual a dificuldade que vocês mulheres têm em identificar direita e esquerda? Virar pra lá! Lá qual lado? Direita ou esquerda?”. Fim do mini flashback. Enfim, o Complexo da Lagoinha estava dominado.
Outro dia tive que passar pelo centro da cidade depois de muito tempo e quase morri de susto!! Menina, fizeram uma obra monstra no centro e o Complexo da Lagoinha tava todo mudado! Inúmeras outras saídas e entradas; viaduto novo; uma coisa alta parecendo a ponte de São Francisco (em menores proporções, claro). Conseqüência óbvia? Me perdi! Queria a entrada pra Pampulha, segui a placa e bem mais pra frente havia duas entradas e nenhuma placa. Fui pela que era antes e saí quase na Cidade Nova!!! Fiz o retorno lááááá na frente e quando eu penso que ia conseguir pegar a Antônio Carlos, um resto de obra impediu que eu pegasse o caminho conhecido. Fui parar na Padre Eustáquio!! E aí já eram quase seis horas da tarde. Imaginem o trânsito!! Com muita luta e doses cavalares de paciência e palavrões de mim para mim mesma, consegui passar pelo complexo da Lagoinha e pegar a Antônio Carlos lá na frente. Um parto. Será que toda vez que eu conseguir me acostumar com o Complexo da Lagoinha a Prefeitura vai fazer uma obra? Definitivamente, acho que a Prefeitura tem como objetivo manter a complexidade do Complexo da Lagoinha!! Enquanto isto, acho que vou me render oficialmente ao GPS!
Laeticia acha o Complexo da Lagoinha realmente muito complexo!
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Vou sentir saudades...
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Um pouco de surrealidade no cotidiano
Algumas frases que sempre sonhei ouvir do meu chefe (e tenho ouvido):
- Está tudo bem?
- Se um problema tem solução, pra que se preocupar com ele? Se um problema não tem solução, pra que se preocupar com ele?
- Deixe-me ver sua mão... Você está nervosa? Esta tremendo! Você não pode interiorizar um problema como sendo parte de você, ele só é resolvido quando fazemos um distanciamento da situação.
- Veja, você está revivendo a situação de estresse apenas em me relatar. Isso faz mal para você. Não guarde isso dentro de você.
- Respira um pouco, se acalma. Nós esquecemos da importância da respiração. O simples ato de respirar faz milagres por uma situação.
- (ao ver minha legítima cara de tacho) O que? Você acha que as coisas que eu estou dizendo não fazem sentido?
- Posso te dar um conselho? Não que você tenha que seguí-lo, mas porque você não faz Ioga?
- Posso te dar outro conselho? Já pensou numa terapia?
- Ele estava furioso? De onde vem a raiva? (Pausa). A raiva vem da frustração ou do medo!
- Está com vontade de chorar? Quer chorar um pouco?
A frase que tenho pensado em dizer, mas que certamente não direi:
- Com todo o respeito, o senhor anda usando drogas?
Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Das duas uma: ou a loucura definitivamente é contagiosa (neste caso uma boa parcela de culpa pode ser da própria Gisele), ou mais pessoas do que ela imaginava, mais próximas do que ela imagina, estão tendo que promover transformações em suas vidas para não morrer de infarto, ou para solucionar outras questões que não compreende. Em qualquer dos casos, confessa que tem sido uma experiência bem interessante. Namaste.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O bah!
A origem do bah parece ser um mistério, mas o fato é que todo gaúcho já nasce sabendo usar o bah.
O bah nada mais é do que a interjeição mais útil do universo. Eu arrisco dizer que mais ainda que o próprio tchê! Não desmerecendo-o, mas o bah é mais cosmopolita, se é que se pode dizer assim.
Além disso, o bah não está diretamente associado a uma pessoa com bombachas e tem diversas utilidades na comunicação.
Por exemplo, se você está diante do céu mais lindo do ano, pode expressar toda sua admiração dizendo um longo “Baaaahhh...” em tom decrescente.
Se você acabou de ouvir que algo muito bom aconteceu com sua melhor amiga, pode expressar toda sua alegria com um “Bah, que massa!”.
Ou se algo deu errado, você pode expressar sua decepção com um “baanh..”.
Também pode ser usado em situações bem específicas, como intensificador do adjetivo: Bah, que nojento! Bah, que merda!
O bah pode ser usado ainda como um sinal de que você está ouvindo, mas não vai se posicionar ainda, como em: Bah.... e deixa a pessoas continuar falando até ter um comentário ou opinião a emitir.
E, claro, o bom gaúcho consegue habilmente fazer combinações do bah com outras palavras do gauchês, como:
Mas bah, tchê! Mas bah, que guri ligeiro! Bah, que longe!
Mas bah, a Renata estreou na terça-feira rápida e rasteira, pra Angel poder descansar. Mas assim que ela quiser, o lugar está à disposição.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Nunca pensei que fosse dizer não pra você
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Coelhinho apressado
Tenho pressa muita pressa, sai da frente vou passar, quando estou com muita pressa ninguém pode atrapalhar. Tenho pressa, muita pressa, muita pressa, esperar não posso mais!
Me lembro dessa musiquinha
Acho que sou a única pessoa do mundo que costuma atrasar o relógio para poder chegar na hora certa. Sou aquela que se marcamos uma coisa às 8 da noite, eu tenho que chegar pelo menos cinco ou dez para as oito, justamente para ter certeza absoluta que vou estar lá as oito em ponto. Não importa se estou indo encontrar com o prefeito da cidade ou se estou indo apenas fofocar com uma amiga, a importância de chegar lá as oito em ponto é a mesma. Bom, se sempre chego na hora certa, pra que então atrasar o relógio? O raciocínio é bem fácil de seguir. Oitenta pro cento das pessoas que conheço não chega as oito em ponto. Principalmente se for um encontro de amigos. Alguns acham que oito e quinze é normalíssimo, outros oito e meia e assim vai. Então a única maneira que encontrei de chegar na hora e ao mesmo tempo não esperar muito foi atrasando o meu próprio relógio, fazendo assim eu chego ao local as oito e não dez para as oito como normalmente faço. Já tentei a tática do pagar o foda-se e chegar atrasada, mas realmente não consigo é contra a minha natureza. Só a sensação de deixar alguém me esperando me angustia.
Logo quando comecei aqui no trabalho teríamos uma reunião marcada para as nove da manhã. O trajeto do meu escritório até a sala de reuniões é o seguinte: saio da minha sala dou 3 passos à direita, desço um andar de escada, dou mais 3 passos em linha reta e estou dentro da sala. Vinte minutos para as noves horas eu já comecei a olhar no relógio, checar, ter certeza que a minha tática pra chegar na sala de reuniões ia dar certo. Faltando 10 minutos para as nove, eu não agüentei mais, me levantei, comecei a arrumar as coisas pra levar e desci. E lá fiquei eu 10-12 minutos sentada sozinha esperando todo mundo chegar. As pessoas normais saíram dos seus escritórios exatamente as nove, afinal era só descer as escadas e em menos de 1 minuto estavam dentro da sala de reuniões. Hoje em dia eu já consigo esperar até 2-3 minutos para as nove para ir à reunião, continuo sendo a primeira a chegar, mas estou me estressando menos.
Na verdade a minha vida de coelhinha apressada geralmente me rende bons frutos, quem não aprecia uma pessoa pontual? O mais engraçado é que eu esperava agora na minha vida adulta, mulher de quase trinta, de que as pessoas fossem mais pontuais o que para minha surpresa é algo raro, principalmente na vida privada. A maioria dos meus amigos são enrolados e eu acho isso decepcionante. Alguns já me conhecem o suficiente para pelo menos tentar não se atrasar quando vão se encontrar comigo. É incrível como que o celular fez com que as pessoas se sintam no direito de atrasar e atrasar muito, simplesmente pelo fato de que agora eles podem avisar. Já me aconteceu várias vezes de eu está sentanda num lugar esperando uma pessoa (com os meus 10 minutos de antecedência), e receber aquele telefone de que vou atrasar meia hora, ou 1 hora. Como assim? Não vou dizer que imprevistos não aconteçam, mas acho que agora as pessoas relaxam mais, pois é só dar um telefonema e ta tudo bem. Mas ta realmente tudo bem? O pior é que o tipo de desculpa é daquelas bem esfarrapadas. Algumas vezes só um ‘atrasei’ mesmo. Para mim só um telefone não basta, a não ser que seja 1 hora antes do encontro, antes mesmo de eu sair de casa. Do mais pra chegar atrasado, pelo menos nos MEUS PADRÕES, a pessoa tem que ter tido o carro roubado em um assaltado ou ter sido atropelado por um caminhão.
Depois de passar um bom tempo achando que era uma estressada, Liz passou a relaxar e aceitar de que o melhor mesmo é continuar sendo apressada. Porque pontualidade mais do que educação é também respeito ao próximo.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Ensaio sobre a Antipatia
(*) http://www.apostos.com/soaressilva/2003/05/antipatiquices.html
(**) http://andresimoes.wordpress.com/2006/07/20/defesa-algo-interessada-do-antipatico/
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Patricinha, Punk & Nerd
Da quarta a oitava série estudei em um colégio católico bem tradicional (e conservador) da cidade. Sempre fui estudiosa, mas nem sempre isso resulta em boas notas. Na oitava série a escola decidiu separar os alunos conforme o rendimento, e a turma que me acompanhava desde a quarta série se diluiu. Eu, como não tinha boas notas fui parar numa turma repleta de repetentes. E lá fiz grandes amigos.
Eu era a nerd, que se tornou amiga da punk (que ainda não era punk) e que já era amiga da patricinha. Apesar de tanta diferença ficamos muito amigas e aprontamos tudo (e algo mais) que um adolescente tem direito. A convivência diária durou relativamente pouco, apenas aquela oitava serie, mas foi tempo suficiente para criarmos laços. No segundo grau planejamos estudar juntas, num colegio técnico. Cada uma foi parar num turno e numa unidade diferente. Com isso, fizemos novos amigos, compartilhamos eles entre nós, e lentamente fomos tomando rumo diferente.
Muito tempo se passou, pouco mais de dez anos. A muito já não sou mais nerd, nem elas punk ou patricinha. Mas agora consigo perceber o quanto aprendemos umas com as outras. Com a patricinha aprendi a ter bom humor, ser otimista. Com a punk aprendi a dizer o que penso e a me desprender de coisas materiais. E tudo isso me tornou uma pessoa melhor. Espero ter ensinado algo a elas também.
As três não se encontram simultaneamente cara a cara desde o tempo do colégio. E nos encontraremos muito em breve, dentro de quatro horas. Felizes com o reencontro, me faço ansiosa.
Mariana escreve esporadicamente, é saudadosista e a favor de resgatar do passado as pessoas que valem a pena!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Novas da Pantufa
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Sintomas da Saudade
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Tecnologia
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Tarot
Tarot é um baralho de cigana, pensava eu. Cheio de signos, cores e figurinhas. Coisa de filme, novela, ficção. Aí nunca dei atenção, nunca despertou meu interesse. Eu ouvia papo de tarot, cartomante e pensava logo em charlatanismo, viagem de cola, sei lá.
Aí um dia, eu fuçando a internet, achei um site que tinha um jogo de tarot. A curiosidade matou o gato, mas mesmo assim eu fui lá ver qual era. Achei um tal de jogo de três cartas: passado, presente e futuro. Hum, vamos ver o que é isto. Vou mentalizar uma coisa besta, mas que não dá pra software nenhum sacar. Nem lembro no que pensei, mas lembro que tinha tudo a ver aquelas cartas que saíram. Sorte, pensei. Vou tentar outra coisa. Pensei numa coisa aleatória. Pumba! Cartas tudo a ver de novo. Desliguei o computador. Tava tarde, eu precisava dormir. No dia seguinte eu já havia me esquecido do tarot.
O tempo passou e um dia, procurando um site, vi o link do tarot e, quando me dei conta, já estava lá, com o baralho aberto na minha frente. Mentalize uma besteira, me ordenei. Só que eu estava passando por um período cheio de angústias, dúvidas e acabei mentalizando uma coisa séria. Como tarot era coisa de novela mesmo, nem titubeei: escolhi lá as três cartinhas, abri e fui lendo. Coincidência, com certeza. Vou tentar de novo. Cliquei no embaralhar. Mentalizei a mesma coisa, tirei as cartinhas e... ops! Que coisa! Coincidência de novo! Vou pensar em uma coisa totalmente diferente. Pensei, pensei e escolhi minhas cartinhas. Hum... acho melhor brincar de tarot outro dia. Fui dormir e no dia seguinte, ao longo do dia, eu me lembrei do tarot.
Não é preciso dizer que passei a acessar o site constantemente. Só que nem sempre eu entendia lhufas do que as cartas diziam. Metáforas! Odeio metáforas fora da esfera da literatura!!! Fora quando eu queria saber de profissão e saíam cartas relacionadas à família, amor, amigos. Isto me irritava profundamente. Não há nada pior do que a ignorância. Principalmente a ignorância mística, se é que esta palavra é adequada.
Hoje não agüentei! Tive vontade de jogar meu notebook pela janela depois que tentei de várias formas entender o significado daquelas cartas no meu contexto e tudo ficava mais confuso ainda. Não sei interpretar cartas de tarot. E com computador não há diálogo! Sou uma semi-analfabeta do tarot... sei identificar as cartas, leio o que o site me fala, mas sou incapaz de interpretar e criticar!! E fiquei lá, olhando a Morte, o Dois de Copas e a Justiça, todo mundo em pé, sem entender nada!! Completamente emputecida. Já sei! Vou calçar a cara e ligar pra Andréia (*) pra ela me explicar o que isto significa. Dei sorte. A Andréia estava online. Minha amiga, me ajude, sei que você entende alguma coisa de tarot!! Humm, até que o que ouvi não foi de todo mal, mesmo pra uma taurina de raça que odeia mudanças. Mas tive que ouvir mais do que o que aquelas cartas significavam em tese. Tarot envolve pessoalidade, contato físico com o baralho, energia, coisa que máquina nenhuma programada pra associar textos conforme o comando é capaz de fazer!! Pode parar com esta mania de tarot online!! Vai começar a pautar a sua vida por interpretações de computador, é? Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu?!! Pautar minha vida pelo tarot?!!! Tá doida? Isto é só passa tempo. Tarot é coisa de novela!!
(*) Nome trocado pra preservar a identidade da amiga.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Férias
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Destrambelhemo-nos
Sorte ou Bênção
Diante do fato, surgiram alguns questionamentos: que bala é essa, discreta, que se aloja na cabeça de uma criança e não deixa nem uma evidência clara de que está lá? Ou será que deixou...? Que mãe é essa que não apelou logo para um piti quando se deparou, no quarto dia, com um médico que nem examinou o filho dela e deixou a criança ir embora com a dita bala na cabeça? Que médicos são esses (os dois primeiros que examinaram a criança) que nem pediram uma radiografia para se certificarem de que se tratava apenas de um machucadinho inocente?
Acredito que a resposta para todos esses questionamentos é o bendito do anjo da guarda dessa criança. Eles devem mesmo caprichar no tratamento infantil. Não tem explicação! Uma bala silenciosa, uma mãe sem talento pra piti, alguns médicos desonrando a classe e o menino ainda sai feliz e sorridente do hospital! Pára! Se ele disser seis números aleatórios amanhã, eu jogo na Mega e adeus pobreza!
É um sortudo por ser tão abençoado! Samuel, aquele a quem Deus ouve. E como ouve!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Tudo novo de novo
Escola nova, pessoas novas, alunos parecidos, professores também. Iguais, mas diferentes. Melhor o local, o salário, mais esforço, mais idéias. Recomeço, ano novo, idade nova, o pensamento, o mesmo. Anastácia recomeça hoje a trabalhar. Não estava de férias, pelo menos não oficialmente, estava mesmo era desempregada. Mesmo que por um mês, mas o estava. Hoje ela começa já em seu novo emprego. Ansiosa como sempre. Resolvendo os primeiros pepinos, já fazendo o que de melhor ela sabia fazer, ajudar a resolver os problemas dos outros, substituições, reposições, ou seja lá o nome que se dê, lá estava ela. Hoje Anastácia começa tudo novo de novo.
Boa sorte todos aqueles que estão recomeçando ou começando algo novo, um emprego, relacionamento, cidade nova, amigos novos, amizades esquecidas. Que nunca nos deixemos abater pelos imprevistos de certa forma previsíveis que iremos encontrar no caminho.