Eu estava assistindo Oprah, cultura e entretenimento da melhor qualidade. O assunto era: “Por que homens fazem certas coisas?”. A audiência feminina, nervosa, queria saber pq homens vão a strip clubs, gostam de pornografia, de esportes, etc. No palco, homens celebridades e na platéia, gente disposta a contar da vida íntima para o mundo inteiro.
Antes de dar a minha opinião, há que se considerar a diferença cultural: os norte americanos são mais moralistas, puritanos e que “não há pecado ao sul do equador”. O resumo da ópera, para mim, foi que as mulheres tem uma profunda incompreensão sobre como os homens funcionam e pior, querem que eles ajam como mulheres. Demorei anos para descobrir que homens e mulheres são diferentes, e que isso é uma baita vantagem.
Homens são simples e algo primitivos. Se a internet facilita acesso imediato à mulher pelada e sexo não há força no mundo capaz de desvia-los disso. O problema, como bem disse Jay Leno, não é ver pornografia todo dia, mas o dia todo, e deixar que isso prejudique os demais aspectos da vida. Pensando bem, eu odiaria ficar com um cara que falasse e pior, achasse de verdade que pornografia “é um nojo”.
Na platéia, um jovem ex casal contou que ela havia terminado com ele pq ele fora num strip club. A mulherada foi ao delírio: “Traidor! Canalha!” o rapaz, coitado, de cabeça baixa defendeu-se falando que o que a ex achava que ele havia feito era bem diferente do que tinha acontecido. Temos que reconhecer que há os canalhas, aqueles que levam vida dissoluta, gastam o dinheiro da família com sexo, drogas, jogo, etc. A única alternativa é correr léguas desses pq muda-los é impossível. Por outro lado, baixar portaria decidindo que o seu companheiro, homem bom e trabalhador, não pode ir nunca de maneira alguma na New Sagitariu´s numa despedida de solteiro dos amigos é maldade e vontade de ser passada para trás. Deixa ir que ele volta mais apaixonado ainda. O homem inteligente sabe distinguir a realidade da ficção.
O mais engraçado foi a questão do golfe. A mulher (com cara de bisca) reclamava que o marido jogava golfe segunda, quarta, sexta, sábado e domingo e quase não passava tempo com a família. A platéia delirou. Ele defendeu-se da acusação de ser desnaturado por ter ido jogar golfe no dia de natal. Contou que de manhã, chegou para a esposa cheio de amor para dar e perguntou: “Sexo ou golfe?”. E ela: “Golfe, golfe”. Ficou claro que o esporte não é nem de longe o pior problema deles.
Na faculdade, participava de um grupo de estudos feministas. Como costuma ser aos 18 anos, eu era bem radical e confundia igualdade de direitos com igualdade entre homens e mulheres. Mesmo direitos sim, mas cruz credo de ser igual à um homem. O bom é exatamente o encontro das diferenças (literal e metaforicamente). Adoro ser mulher na complexidade e poesia do feminino. O privilégio de poder gerar é o que consigo imaginar de mais próximo que a condição humana pode se aproximar das esferas celestiais. Acho também que as mulheres podem ser muito chatas e acabar com uma boa relação só por causa de picuinhas como essas de querer que homens funcionem como mulheres.
Antes de dar a minha opinião, há que se considerar a diferença cultural: os norte americanos são mais moralistas, puritanos e que “não há pecado ao sul do equador”. O resumo da ópera, para mim, foi que as mulheres tem uma profunda incompreensão sobre como os homens funcionam e pior, querem que eles ajam como mulheres. Demorei anos para descobrir que homens e mulheres são diferentes, e que isso é uma baita vantagem.
Homens são simples e algo primitivos. Se a internet facilita acesso imediato à mulher pelada e sexo não há força no mundo capaz de desvia-los disso. O problema, como bem disse Jay Leno, não é ver pornografia todo dia, mas o dia todo, e deixar que isso prejudique os demais aspectos da vida. Pensando bem, eu odiaria ficar com um cara que falasse e pior, achasse de verdade que pornografia “é um nojo”.
Na platéia, um jovem ex casal contou que ela havia terminado com ele pq ele fora num strip club. A mulherada foi ao delírio: “Traidor! Canalha!” o rapaz, coitado, de cabeça baixa defendeu-se falando que o que a ex achava que ele havia feito era bem diferente do que tinha acontecido. Temos que reconhecer que há os canalhas, aqueles que levam vida dissoluta, gastam o dinheiro da família com sexo, drogas, jogo, etc. A única alternativa é correr léguas desses pq muda-los é impossível. Por outro lado, baixar portaria decidindo que o seu companheiro, homem bom e trabalhador, não pode ir nunca de maneira alguma na New Sagitariu´s numa despedida de solteiro dos amigos é maldade e vontade de ser passada para trás. Deixa ir que ele volta mais apaixonado ainda. O homem inteligente sabe distinguir a realidade da ficção.
O mais engraçado foi a questão do golfe. A mulher (com cara de bisca) reclamava que o marido jogava golfe segunda, quarta, sexta, sábado e domingo e quase não passava tempo com a família. A platéia delirou. Ele defendeu-se da acusação de ser desnaturado por ter ido jogar golfe no dia de natal. Contou que de manhã, chegou para a esposa cheio de amor para dar e perguntou: “Sexo ou golfe?”. E ela: “Golfe, golfe”. Ficou claro que o esporte não é nem de longe o pior problema deles.
Na faculdade, participava de um grupo de estudos feministas. Como costuma ser aos 18 anos, eu era bem radical e confundia igualdade de direitos com igualdade entre homens e mulheres. Mesmo direitos sim, mas cruz credo de ser igual à um homem. O bom é exatamente o encontro das diferenças (literal e metaforicamente). Adoro ser mulher na complexidade e poesia do feminino. O privilégio de poder gerar é o que consigo imaginar de mais próximo que a condição humana pode se aproximar das esferas celestiais. Acho também que as mulheres podem ser muito chatas e acabar com uma boa relação só por causa de picuinhas como essas de querer que homens funcionem como mulheres.
Roberta Sant´André: Achava que ia mudar o mundo. Hoje é a "cidadã respeitável que ganha 4 mil cruzeiros por mês". Feliz e satisfeita com a segurança pequeno-burguesa, não desapegou totalmente das utopias: recicla lixo, trata bem as pessoas, vota consciente e de vez em quando manda emails furibundos para jornais e políticos.
8 comentários:
Concordo em gênero, número e grau! é tão bom ver o companheiro voltar de algum lugar onde foi sozinho com os amigos dizendo que está com saudade. Acho que isso é confiança e respeito. E sem os dois, o amor sozinho não se basta.
Hoje em dia casamentos e relacionamentos homem-mulher são meras condições passageiras (não se é casado, se está casado), foram completamente banalizados... Se as pessoas entendessem que "o pulo do gato" é ter direitos iguais sim, mas respeitar as diferenças entre homens e mulheres, aposto que seriam mais felizes!
Muito pertinente seu texto! Concordo plenamente!
Triste é pensar em ter na sua vida alguém que você prefira jogando golfe...
Realmente triste...
Tem certas passagens ilárias no texto, mas achei realmente divino e ressalto aqui esse fragmento, mesmo pq, nesse meu momento mãe, é como eu me sinto!
"Adoro ser mulher na complexidade e poesia do feminino. O privilégio de poder gerar é o que consigo imaginar de mais próximo que a condição humana pode se aproximar das esferas celestiais".
É verdade... alguém disse que se você der liberdade e voltar, é porque é realmente seu. A vida só tem graça se cada um puder tentar SER, na sua própria essência, sem ter alguém limitando seus atos.
Roberta, adorei este post! Muito bom mesmo.
Da minha experiência, posso dizer a você que levei tempo pra entender que o estímulo visual é inerente à natureza dos homens. E que gostar de ver fotos de mulheres, acessar sites pornôs na internet, ou achar gostosa e desejar uma mulher bonita que passa ao seu lado na rua não quer dizer que se marido/namorado não te ame, que não te respeite. Muito pelo contrário. E a nós, mulheres, cabe entender e aceitar que isto faz parte do instinto animal e de proliferação da espécie. Mas também não vão pensar que eu estou querendo dizer que os homens podem sair por aí, “catando gato e cachorro”, mas simplesmente que faz parte da natureza deles gostar deste tipo de estímulo visual.
Infelizmente, o que eu percebo entre as mulheres em geral, é que isto não é compreendido e muito menos aceito. Tem muita mulher que ainda considera traição seu marido comprar uma revista masculina na banca. Mas acho que estamos evoluindo e espero que, em um futuro não muito longe, isto vire uma discussão ultrapassada.
Abraço.
Roberta, eu amei o texto, muuito bom!
Tenho certeza que de vez em quando todas nós ainda damos uma escorregadinha e nos pegamos morrendo de ciúmes por alguma coisa do gênero, mas concordo com você e com "deixar livre para voltar melhor".
Abraço.
Concordo e adorei o texto! Sem comentários! Sensato!
Tania
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