quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Psicologia Mick-Jagger-iana

Depois de escrever alguns textos refletindo sobre a vida, desta vez resolvi escrever alguma coisa mais descontraída. Gostaria de filosofar sobre sonhos. Mas não estou falando de 'sonhos para o futuro' e sim daqueles sonhos que a gente tem durante a noite mesmo. Quem nunca teve aquele sonho engracado ou esquisito, que deixa a gente matutando por um dia inteiro?? Pois é, é disso que estou falando. Às vezes fico pensando, como será que funciona essa nossa 'psicologia cerebral'? Sim, as vezes acho que os sonhos querem mesmo nos falar alguma coisa, mas não acredito nessa coisa de que se você sonhar com cobra, significa que alguém vai morrer, ou que se voce sonhar com um eclipse significa ameaça de enfermidade mental em algum parente ou que falsos amigos poderão lhe causar sérios problemas de ordem financeira (isso achei na internet entre outros significados esquisitos). Não acredito em nada disso, acredito sim, que cada um de nós tem sua própria psicologia cerebral.

Eu por exemplo às vezes tenho sonhos com pessoas que praticamente nunca vi na vida. Mas daí páro para pensar e.... claro, eu sonhei com aquele vizinho da época de estudante, que eu mal dava oi e via apenas 'de quando em vez', mas obviamente, lá estava ele todo pomposo no meu sonho, mais nítido do que nunca, com todos os detalhes do rosto intacto, perfeito! Heim, como assim? A única coisa que posso especular a respeito disso é que os neurônios da area IT do meu cerebro realmente são porretas! A area IT do cérebro fica no 'ventral stream' e tem uma pequena quantidade de neurônios que são extremamente especializados em 'reconhecer rostos'. Pessoas com deficiência nestes neurônios perdem a capacidade de reconhecer pessoas, mesmo podendo enxergar normalmente outras coisas (prosopagnosia). Opa veja só, Liz também é cultura. Então, essa é a unica razão lógica, que consigo imaginar para poder sonhar com essas pessoas, mas infelizmente nem tudo é lógico na vida, e este texto aqui está muito longe de ser algo científico.

Há uns anos atrás, viajei com meu marido e um casal de amigos, era uma viagem daquelas que a gente tinha muita coisa pra fazer, e estava um calor infernal. Eu como sou uma pessoa sincera, sempre dizia se estava insatisfeita com alguma coisa, se o plano do dia não estava me agradando dizia mesmo, se a água que comprei estava quente ficava 15 minutos reclamando SIM! Bom, depois de um tempo, comecei a ouvir piadinhas e comentários por parte dos amigos e do meu marido de que eu estava muito reclamona. Eeeeu? Reclamando? Como assim... só estava 'comentando' as coisas. Naquela noite, tive um sonho revelador. Sonhei com Mick Jagger, ele chegou sério e me disse: “Liz, você é muito bonita, mas reclama demais!” Acordei pensativa, até Mick Jagger me acha reclamona? Passei o dia quietinha, achando tudo lindo! Mas peraê, vamos tentar entender a psicologia do meu cérebro, eu estava reclamando muito e precisava de levar um sermão de alguém que eu respeitasse muito. Sim, então logicamente eu deveria sonhar com... MICK JAGGER? Não, simplesmente não faz sentindo nenhum, eu deveria era sonhar com o Dr. Phil (psicólogo americano famoso por aqui) me dando um sermão ou aquele tio que admiro pra caramba. Mas talvez o cérebro tenha apenas levado em consideração o fato de Mick Jagger ter 64 anos e muitas rugas e se esqueceu do fato de que minha relação com ele é apenas musical. Tá tudo bem, mal entendidos acontecem, até no nosso cérebro!

Outro dia conversando com minha irmã e uma amiga, não sei porque acabou saindo aquele papo de sonhar beijando alguém famoso. E lá foram elas contar dos beijos ardentes com Brad Pitt. Então acabei admitindo que eu ja tinha sonhado beijando o Mick Jagger várias vezes, mas que o beijo dele era sempre HORRÍVEL. Nunca entendi como um dos homens mais pegadores de mulher do planeta podia ter um beijo tão ruim, ficamos lá filosofando sobre o assunto por um bom tempo (é verdade, mulheres beirando trinta e com mais de trinta também conversam sobre esse tipo de coisa). Então... naquela noite, tive um sonho. A única coisa que lembro do sonho, foi do Mick me dando aquele beijo de cinema, e desta vez, foi um beijo muito bom, daqueles de ver estrelinhas! Vamos então agora analisar mais uma vez a psicologia do meu cérebro: Mick Jagger se sentiu fracassado diante do Brad Pitt e resolveu mostrar quem é que manda nesta P****. Não gente, nada disso, vocês entenderam tudo errado. Vamos analisar agora de outro ponto de vista, eu, que sou uma mulher casada, me sentia constrangida de ficar sonhando beijando outro homem, a maneira que o meu cérebro viu de amenizar a situação era então de fazer o beijo ser ruim, daí eu não ia ficar me sentido mal. Mas a partir do momento que vi que tanto minha irmã, como minha amiga, ambas casadas, também sonhavam beijando outros homens famosos, relaxei mais diante da situação. Então, dessa maneira, o meu cérebro mandou o cara que ele tinha batizado como meu 'conselheiro cerebral', o ‘Mick Jagger’, para dizer que: “tá vendo? Não tem problema nenhum, é super normal beijar artistas de cinema ou roqueiros nos sonhos, mesmo você sendo uma mulher casada”. Nossa que alívio, agora finalmente posso dormir tranquila de novo! Puxa, o que seria de mim sem essa minha psicologia Mick-Jaggger-iana!


Liz acredita que os sonhos sempre querem nos dizer alguma coisa, mas acha que ainda vai demorar um pouco para poder entender completamente essa tal de psicologia Mick-Jagger-iana.



6 comentários:

Aline Bahiense disse...

Adorei suas reflexões sobre sonhos. Também acredito que nossos sonhos são memórias armazenadas em nosso cérebro, só que reprocessadas... Isso é tão legal, e realmente, parando para pensar, começamos a nos entender melhor!

Angel disse...

Ah! Como eu queria poder falar aqui dos meus sonhos de beijo na boca com o Gianechini. Discorrer sobre psicologia Gianechiniana... Mas eu só sonho com ele acordada...

Também acho que sonhos são indícios de algo importante, o difícil é a gente descobrir do quê!

Beijos!

Sisa disse...

Ahhh Liz, vamos combinar que até eu que acho Mickão pelancudo e horroroso esperaria um beijo cinematográfico e gostoso dele... Como vc conseguiu beijar ele e ser ruim? rs

Gisele Lins disse...

Hahaha, muito engraçado o texto, Liz, adorei, principalmente suas interpretações sobre as origens de beijos ruins e beijos cinematográficos versus vida de casada. Muito bom, mesmo! Um abraço!

Paula disse...

Risos, risos, risos...
Liz, ótimo seu texto! Eu também acredito que os sonhos são uma forma do nosso subconsciente se comunicar com a gente e dizer o que está rolando por dentro. Só que eu não entendo a maioria dos sonhos dos quais me lembro e muitos deles são completamente insanos.
Beijos.

Anônimo disse...

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