Eis meu primeiro post...

Às vezes ainda me pergunto: "Pirou, né? Você sabe que não sabe escrever legal, você sabe que inspiração falta até pra escolher pão com manteiga pro café da manhã, quanto mais pra escrever."

Pirei nada... Amei ser convidada para escrever aqui, porque sozinha já tentei fazer sabe lá Deus quantos blogs, que não passaram do décimo dia (sim, já teve blog parando no segundo). Blog em grupo me anima muito, porque além d'eu só escrever uma vez por semana, me estimula muito ver os textos e a empolgação das meninas (sim! Meninas de 30, por que não?).

Então, falando sobre este assunto que nos une, os 30 anos... Vem chegando tão de repente, que tenho dificuldade em aceitar que estou próxima dos 30. Será que é porque quando novinha eu achava que gente de 30 anos era velha e breca o processo de me desfazer dessa imagem, apesar de estar chegando lá, e por isso não acho que estou chegando lá porque não acho que seja velha? (Confuso? Não... lê de novo).

Às vezes sou tomada por um "Caraca!!! Já tenho 27 anos" e penso em muita gente que conheci quando tinha essa idade, os 30 e o em torno dos 30, e que quando eu conheci eu achava velha... Penso no quanto eu achei que minha vida seria diferente e o quanto realmente é diferente, mas não sei se sinto sempre tanto essa diferença – claro as mudanças são graduais, mas aquele imediatismo adolescente grudou na minha cabeça, e eu acho que até hoje andava imaginando que as coisas mudariam de uma hora para a outra no "em torno dos 30".

Me assusta pensar que próximo dos 30 ainda não tenho a estabilidade profissional que sempre imaginei que já teria alcançado. Me assusta ver o quanto ainda sou irresponsável com o meu dinheiro, e que não consigo controlar isso (é... tem gente que não consegue nunca... será que sou uma destas?). Me assusta pensar em meus relacionamentos, estranhos e muitas vezes pouco maduros (tá, mas dá um desconto, a culpa aí não é só minha não, né...) enquanto muitas das de minha idade já estão casadas, com filhotes e uma vida de gente grande.

Assusta, mas é um susto que vem e passa. Porque alguma coisa aqui dentro já apita uma certa tranqüilidade que o imediatismo adolescente não permitia. Que venham os 30.

Glícia é Fisioterapeuta, tem 27 anos, odeia acordar às 6 da manhã, principalmente em feriado, e não acha mais que gente de 30 anos é velha. Escreve neste blog toda quarta-feira.