A importância da opinião dos outros se torna mais evidenciada quando somos adolescentes. Para o meu azar fui uma adolescente bem gordinha, aquela que dançava com a vassoura a noite toda nas festinhas de aniversários, pois não havia nem um corajoso que se propusesse a apertar meu excesso de gostosura. Queria muito ser magra, acho que pra ser “aceita”, não agüentava mais ouvir a frase: “Nossa, você tem um rosto lindo e é fortinha, sinal de saúde!”Frase que meu cérebro interpretava como “Gorda, gorda, gorda, gorda e gorda!”.
Conversei tanto comigo mesmo, que consegui dar um revertério no meu metabolismo e emagreci 20Kg em 60 dias, sem fazer dieta! Minha mãe pirou, achando que eu estava com alguma doença em fase terminal, mas eram apenas meus hormônios se reorganizando.
Então fiquei magra, mas a sociedade ainda me cobrava: e o namorado? E eu, claro, queria muito um namorado, mas não era porque agora eu era uma pessoa magra que as coisas se tornariam tão fáceis quanto essas pessoas pensavam. Enfim arrumei um namorado, pra namorar sério, em casa de mãos dadas no sofá da sala e tudo mais e assim foi por alguns anos.
Cheguei à fase de prestar vestibular, meu pai sonhava que eu fosse dentista, quando perguntavam pra mim, ele saltava na minha frente e respondia com um sorriso de orelha a orelha “Ela vai ser dentista!” e assim, ele me convenceu que eu deveria ser dentista e além do que, formada por uma universidade pública. Como a opinião do meu pai era importante pra mim, afinal eu achava que ele entendia da vida, lá fui eu, fazer inúmeros vestibulares para odonto só em faculdade federal e estadual. Deus foi tão bom comigo que não passei em nenhum, então me perguntei o que realmente eu queria, e o meu eu interior gritou bem alto: “Farmácia industrial”, meu sonho passava a ser ter meu nome estampado numa caixinha de remédio.
Acho que a partir daí, passei a ter mais opinião própria e minha personalidade veio à tona. Larguei o namorado, me mudei para outra cidade pra fazer farmácia e assumi para todos que não pensava em casar, nem em ter filhos, só pensava em trabalhar, ganhar bem e ter meu nome numa caixinha de remédio.
E assim foi durante 6 anos, eu decidida em ser eternamente tia. As pessoas que queriam mudar minha opinião foram vencidas pelo cansaço e desistiram.
Até que reencontrei meu eterno e antigo paquera da época da faculdade e em 6 meses estávamos noivos, depois decidimos ir morar juntos e planejar com calma o casamento oficial. Foi quando eu tive uma recaída em querer me deixar influenciar pela opinião dos outros, que achavam que morar junto era imoral, acabei infernizando, de forma descontrolada e árdua, meu namorido e acabamos antecipando o casamento. Mesmo assim a sociedade continuou me cobrando, a frase: “quando vai ser o casamento?” foi substituída por: “quando vem o neném?
Bom, após ter uma recaída e ouvir a opinião dos outros, voltei ao normal. Sou casada há 3 anos, não tenho filhos, vou tê-los, porém no meu momento, pois se dependesse do meu marido, eu já teria casado grávida.
Agora, aprendi a ligar o stand by pra opiniões que não me trazem nada de bom e ficar atentas para aquelas que me fazem crescer!
Conversei tanto comigo mesmo, que consegui dar um revertério no meu metabolismo e emagreci 20Kg em 60 dias, sem fazer dieta! Minha mãe pirou, achando que eu estava com alguma doença em fase terminal, mas eram apenas meus hormônios se reorganizando.
Então fiquei magra, mas a sociedade ainda me cobrava: e o namorado? E eu, claro, queria muito um namorado, mas não era porque agora eu era uma pessoa magra que as coisas se tornariam tão fáceis quanto essas pessoas pensavam. Enfim arrumei um namorado, pra namorar sério, em casa de mãos dadas no sofá da sala e tudo mais e assim foi por alguns anos.
Cheguei à fase de prestar vestibular, meu pai sonhava que eu fosse dentista, quando perguntavam pra mim, ele saltava na minha frente e respondia com um sorriso de orelha a orelha “Ela vai ser dentista!” e assim, ele me convenceu que eu deveria ser dentista e além do que, formada por uma universidade pública. Como a opinião do meu pai era importante pra mim, afinal eu achava que ele entendia da vida, lá fui eu, fazer inúmeros vestibulares para odonto só em faculdade federal e estadual. Deus foi tão bom comigo que não passei em nenhum, então me perguntei o que realmente eu queria, e o meu eu interior gritou bem alto: “Farmácia industrial”, meu sonho passava a ser ter meu nome estampado numa caixinha de remédio.
Acho que a partir daí, passei a ter mais opinião própria e minha personalidade veio à tona. Larguei o namorado, me mudei para outra cidade pra fazer farmácia e assumi para todos que não pensava em casar, nem em ter filhos, só pensava em trabalhar, ganhar bem e ter meu nome numa caixinha de remédio.
E assim foi durante 6 anos, eu decidida em ser eternamente tia. As pessoas que queriam mudar minha opinião foram vencidas pelo cansaço e desistiram.
Até que reencontrei meu eterno e antigo paquera da época da faculdade e em 6 meses estávamos noivos, depois decidimos ir morar juntos e planejar com calma o casamento oficial. Foi quando eu tive uma recaída em querer me deixar influenciar pela opinião dos outros, que achavam que morar junto era imoral, acabei infernizando, de forma descontrolada e árdua, meu namorido e acabamos antecipando o casamento. Mesmo assim a sociedade continuou me cobrando, a frase: “quando vai ser o casamento?” foi substituída por: “quando vem o neném?
Bom, após ter uma recaída e ouvir a opinião dos outros, voltei ao normal. Sou casada há 3 anos, não tenho filhos, vou tê-los, porém no meu momento, pois se dependesse do meu marido, eu já teria casado grávida.
Agora, aprendi a ligar o stand by pra opiniões que não me trazem nada de bom e ficar atentas para aquelas que me fazem crescer!
Débora é vaidosa, exagerada e acha que pode reduzir o peso na consciência e na balança tomando uma boa xícara de café com adoçante após uma fatia enorme de bolo de chocolate cheio de brigadeiro.
10 comentários:
Nossa, eu tô com lágrimas nos olhos!
E você sabe que, mesmo eu não querendo ter meu nome numa caixinha de remédio, você é e sempre foi minha mentora profissional!
Mas tenho que admitir que se nós morássemos pelo menos no mesmo estado eu ia engrossar o grupo do "quando vem o neném"!
=)
Bjos!
Nossa, Débora, como o tempo voa... Parece que foi ontem que você ia lá em casa cheia das novidades dos preparativos e que te vimos linda entrando na igreja! Mas eu nunca engrossaria o coro do "quando vem o neném?", porque tenho que admitir que esse hábito que as pessoas têm de se reproduzir ainda me assusta muito!
Beijos!
De fato, como o ser humano é um "animal social" e a opinião dos outros sempre será importante pra ele, ainda que inconscientemente. Talvez ele até haja de acordo com seu coração ou razão, mas lá no fundo, a preocupação em estar "de acordo" ainda o atormenta... Fala sério: o ser humano é mesmo muito complicado, né?
Conheça meu blog: http://testadeferro-sm.blogspot.com
Como me identifiquei com sua história Débora. Também fui gordinha (acho que ainda sou rsrs), queria ser aceita e também escolhi um curso para agradar os outros; mas acabei desistindo e fui fazer Física (foi a primeira vez que ouvi meu coração). Algumas histórias só mudam de endereço...
Sou casada também e, assim como você, ignoro o "quando vem o neném"! Ele ainda não é certeza!
Parabéns pelo texto, lindo!
Adorei o seu texto, acho que todo mundo acaba se identificando um pouco com ele.
Eu, como você gostava da idéia de ficar pra titia, agora to namorando e todo mundo já me trata como se estivesse noiva rs
Ainda acho que é muita pressão, mas como já cansei de pagar língua nunca mais vou dizer nunca...rs
Olha, se eu fosse ligar muito pra opinião genérica das pessoas, não viveria minha vida, viveria a vida dos outros. Quando eu digo que não vou ter filhos por opção minha e do meu marido, vc não tem idéia da cara que as pessoas fazem pra mim. Parece que estão olhando um teratoma ambulante! Mas como eu tenho certeza que se mudar de idéia sempre poderei adotar uma criança, vivo minha vida sem me preocupar com este tipo de pressão :-)
Débora,
você tem um estilo gostoso de escrever! Curti ler seu texto!E há uma frase de Paulo Coelho (acho que é dele mesmo!)que diz o seguinte: "Não importa o que faça, cada um está sempre representando o papel principal na história do mundo".O papel de protagonista é seu!
Muito bom poder conhecer você!
Abraços,
Vanessa.
Putz! identificação na alta com seu texto...
É isso aí mesmo... eterno exercício de se livrar da "culpa" pela opinião dos outros, mas a gente consegue.
Hummm o curso que a Paula escolheu antes tem alguma coisa a ver com botina, farda, bazuca na mao? Tudo que se espera de uma doce menina como a Paula, rs... :oD
Pois é, Sisa... Qualquer dia ainda escrevo um texto sobre as minhas aventuras militares rsrsrs. Realmente, apesar de ter aprendido muita coisa, não tinha nada a ver comigo. Ainda bem que percebi em tempo...
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