domingo, 18 de novembro de 2007

Festa Anos 80 (Laetícia, não tive a sua sorte)

Após ver anunciada uma festa com bandas tocando rock dos anos oitenta me animei. Coisa que não tem sido muito comum ultimamente, já que para passar a noite fora com o maridão, dependo dos meus pais cuidarem dos meus rebentos.

Bem, tudo acertado, lá fomos nós.

A boite em que seria o show tem um bar anexo, e dependendo da consumação, o que confirmamos assim que chegamos, a entrada não precisaria ser paga. Os problemas começaram quando pedimos a conta: sem qualquer constrangimento o garçom avisou que conforme resolução do dono, naquele dia a entrada deveria ser paga! Como eu já tinha o meu ingresso, que ganhei, resolvi engolir o sapo e pensei: a festa vai ser boa, a gente vai se divertir.

Entramos. Ambiente sem ventilação, muita fumaça de cigarro e... Nada de som! Aguardamos, nem tão pacientemente assim, por mais de uma hora. Quando finalmente o som foi ligado percebemos que banda mesmo, não começaria tão cedo. Esperamos mais meia hora. E, finalmente (!), DESISTIMOS. Tempo e dinheiro jogados no lixo. Falamos ao gerente e reclamamos a falta de respeito. Que aquela tinha sido a primeira e última vez que fomos ali.

Depois de tudo, mais de duas horas da madrugada, ficamos refletindo sobre o que se passou. Além de toda a falta de respeito, o que mais me espantou foi a passividade de todos.

A juventude alheia a tudo, sem qualquer iniciativa ou força para exigir respeito.

Um triste retrato da realidade em que vivemos...


Aline – não perde as esperanças, mas não tira a pergunta da cabeça: onde ainda vamos chegar?

4 comentários:

Sisa disse...

Oi Aline,
Acho engraçado que nunca vejo lugares que desrespeitam o consumidor esvaziar. Nunca mesmo. Se as pessoas parassem de frequentar o point da moda porque não são bem tratadas lá, com certeza todo atendimento seria melhor. Mas como você disse, as pessoas não têm iniciativa pra pedir respeito. Eu às vezes fico achando que eu que sou barraqueira...

Gisele Lins disse...

Concordo com a Sisa, Aline, eu assumi o papel de barraquira-Mor também. Não me conformo em ser tratada como um boi, ou em pagar caro para algum serviço e ainda sentir que os outros é que estão me fazendo um favor. Acho que a passividade de todo mundo, e o desejo de não ser "mal-visto" são responsáveis por todo mundo pagar o pato com a boca fechada. Eu não me conformo, mas tem horas, que vem mesmo a sensação de ser um "exército de um homem só" (ou de poucos homens, pelo menos) e a sensação de que quem está errada sou eu!
Comapnheiras, avante!
:)
Um abraço!

Silvia disse...

Aline que pena que a festa não foi boa, mas vc agiu como deveria, nós infelizmente estamos acomodados a reclamar e nada acontecer, aí acabamos desanimando de reclamar, mas temos sempre que exigir nosso direitos, de consumidor, de ser humano, de tudo. Já que vcs ficaram na vontade, uma dica: faça uma caipvodka, coloque um cd dançante que vcs gostem e façam uma farra em casa, alegria garantida.Depois vc conta pra gente! (com censura, é claro)Beijos, Silvia

Paula disse...

Oi, Aline!
Onde vamos chegar? Não sei também, mas me assusta uma geraão tão vazia, tão sem amor próprio e tão sem noção do mundo que a cerca.
O que me alivia, de certa forma, é que isto acontece com todas as gerações. É uma questão de fase, eu acho. Deve haver exceções, pois daí sairão líderes, profissionais, pais e mães... A nossa geração e as anteriores também tiveram seus "zumbis", completamente apáticos e alheios ao mundo...

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