Acordo sem a menor vontade de acordar e me dou conta de que pão ou qualquer outro alimento de consumo matinal não existe em minha residência - nenhum outro mentira... tem uns três biscoitos murchos daquele pacote que eu abri mais ou menos em abril, que eu nunca mais vou comer mas não jogo fora não sei porque... Solução: ir à padaria.
Infelizmente sou uma simples mortal que acorda e necessita tomar café da manhã... não sou daquelas "não consigo comer nada de manhã... só como no almoço, uma saladinha" Nem vem... Só se meu dia começar na hora do almoço ou se eu estiver sofrendo de uma ressaca daquelas que não me permite pensar em nada além de água; preciso SIM, E MUITO, do café da manhã, em condições normais.
Então, com toda aquela preguiça, calço o chinelo, pego os óculos escuros e um casaquinho de moletom, escovo os dentes e lavo o rosto mal e porcamente, ainda muito sonolenta e com medo da água fria, e me encaminho para a padaria mais próxima... Muito próxima mesmo, tão próxima que me dou essa liberdade de ir à padaria como se não tivesse saído de casa; note: não troquei de roupa, mal lavei o rosto, não penteei o cabelo... Às 6:15 da manhã??? Isso não é hora de ter ninguém na rua não, e além do mais, é aqui ao lado... Não interessa como estou vestida.
Por incrível que pareça, a peça mais deslocada do meu figurino são os óculos escuros... o dia ainda nem amanheceu direito e já está com uma cara tão nublada...
Me espanta a quantidade de pessoas fazendo caminhada na rua ou entrando na academia que fica em frente ao meu prédio. Ter que acordar de madrugada é uma coisa... acordar por vontade própria, prá fazer exercício? Tudo louco.
Na porta da padaria descem dos carros pais de família no maior figurino "calça jeans e blusa de pijama". Estou entre iguais.
Pego os pães, entrego para a mocinha colocar no saco de papel, me dirijo ao caixa...
Neste momento vem em direção à entrada da padaria o gatíssimo prá quem sempre dei mole, desde que o mundo é mundo, objeto de minha adoração quando adolescente, desaparecido, e que eu imaginava para sempre perdido. Sabe aquele desejo não realizado, que para sempre mexe com você? É o caso...
Que legal ele reaparecer, né?!?! Será que voltou de vez? Vai voltar a dar as caras quando o pessoal das antigas se encontrar?
Legal o caramba... OLHA MEU ESTADO RIDÍCULO: calça de pijama cinza, camiseta de malha rosa (bem chocante) com casaquinho de moletom azul e havaiana alaranjada - com meia!!! - o cabelo preso num rabo de cavalo sem vergonha jurando que está funcionando como se tivesse sido penteado , rosto lavado bem mais ou menos.
Quero fugir, mas a essa altura o encontro já é inevitável... fugir como e prá onde?
Me concentro na dificílima tarefa de pagar o pão e, que remédio, né? Tentar que o sorriso não seja muito amarelo, tentar que a situação pareça muito natural, até fazer piadinha sobre tal e passar a dar ouvidos à velha máxima que manda a gente estar minimamente apresentável até pra ir ali na esquina, porque seu “grande amor” (ou mesmo aquele gatão que não é um grande amor mas dá um caldo) pode cruzar seu caminho...
PS: Dar ouvidos mas sem exagero, né... Maquiagem e salto alto às 6 da manhã? Me poupe! A havaiana permanece, mas lavo o rosto direitinho, penteio o cabelo e troco de roupa, ok?
Infelizmente sou uma simples mortal que acorda e necessita tomar café da manhã... não sou daquelas "não consigo comer nada de manhã... só como no almoço, uma saladinha" Nem vem... Só se meu dia começar na hora do almoço ou se eu estiver sofrendo de uma ressaca daquelas que não me permite pensar em nada além de água; preciso SIM, E MUITO, do café da manhã, em condições normais.
Então, com toda aquela preguiça, calço o chinelo, pego os óculos escuros e um casaquinho de moletom, escovo os dentes e lavo o rosto mal e porcamente, ainda muito sonolenta e com medo da água fria, e me encaminho para a padaria mais próxima... Muito próxima mesmo, tão próxima que me dou essa liberdade de ir à padaria como se não tivesse saído de casa; note: não troquei de roupa, mal lavei o rosto, não penteei o cabelo... Às 6:15 da manhã??? Isso não é hora de ter ninguém na rua não, e além do mais, é aqui ao lado... Não interessa como estou vestida.
Por incrível que pareça, a peça mais deslocada do meu figurino são os óculos escuros... o dia ainda nem amanheceu direito e já está com uma cara tão nublada...
Me espanta a quantidade de pessoas fazendo caminhada na rua ou entrando na academia que fica em frente ao meu prédio. Ter que acordar de madrugada é uma coisa... acordar por vontade própria, prá fazer exercício? Tudo louco.
Na porta da padaria descem dos carros pais de família no maior figurino "calça jeans e blusa de pijama". Estou entre iguais.
Pego os pães, entrego para a mocinha colocar no saco de papel, me dirijo ao caixa...
Neste momento vem em direção à entrada da padaria o gatíssimo prá quem sempre dei mole, desde que o mundo é mundo, objeto de minha adoração quando adolescente, desaparecido, e que eu imaginava para sempre perdido. Sabe aquele desejo não realizado, que para sempre mexe com você? É o caso...
Que legal ele reaparecer, né?!?! Será que voltou de vez? Vai voltar a dar as caras quando o pessoal das antigas se encontrar?
Legal o caramba... OLHA MEU ESTADO RIDÍCULO: calça de pijama cinza, camiseta de malha rosa (bem chocante) com casaquinho de moletom azul e havaiana alaranjada - com meia!!! - o cabelo preso num rabo de cavalo sem vergonha jurando que está funcionando como se tivesse sido penteado , rosto lavado bem mais ou menos.
Quero fugir, mas a essa altura o encontro já é inevitável... fugir como e prá onde?
Me concentro na dificílima tarefa de pagar o pão e, que remédio, né? Tentar que o sorriso não seja muito amarelo, tentar que a situação pareça muito natural, até fazer piadinha sobre tal e passar a dar ouvidos à velha máxima que manda a gente estar minimamente apresentável até pra ir ali na esquina, porque seu “grande amor” (ou mesmo aquele gatão que não é um grande amor mas dá um caldo) pode cruzar seu caminho...
PS: Dar ouvidos mas sem exagero, né... Maquiagem e salto alto às 6 da manhã? Me poupe! A havaiana permanece, mas lavo o rosto direitinho, penteio o cabelo e troco de roupa, ok?
Glícia aboliu o hábito do pão francês fresquinho no café da manhã e mantém em sua casa alimentos que lhe proporcionam um bom desjejum sem ter que ir à padaria cedo.
7 comentários:
Hahahahaha impagável!
Lembrei quando mamãe vivia me mandando pra médicos e dentistas que ela jurava que eram LINDOS e chegando lá, eram aquela derrota. Até que ela falou de um outro, que "é meio sem graça, não vale a pena", e fui parar completamente derrotada no consultório do meu atual dentista, um coroa lindo demais que se eu tiver chance, não deixo de pegar... Calça com babadinhos na barra, camisa meio furada da UFV, cabelo despenteado, tênis azul - azul! Quis matar D. Carolina. Tão ruim quanto isso só quando fui, em Viçosa, buscar o China in Box na porta do apartamento, de pijama brilhante, pantufa de vaquinha, óculos, rabo de cavalo meio torto... E o entregador era o melhor amigo do meu peguete da época! Me olhou de cima até embaixo e eu morri de vergonha...
Rsrsrsrsrsrs!
Muito bacana a história e o pior é que, em derivações muito ou pouco parecidas, sempre acontece com alguém!
Só uma coisa: eu sou a louca que acorda cedo para ir à academia rs! Então nunca estou mal arrumada de manhã!
Muito bom!
Bjs.
É a verdade pura rsrsrsrsrs... E Garfield já disse uma vez: "um dia vou me lembrar disso e rirrrrrrrrrrrr".
kkkkkk
Delicioso esse texto! Coisas da vida Glícia. Mas nós, mulheres, damos mais importância a esses "detalhes" do que os homens. Maquiagem, pra mim, praticamente nunca!
Bjos
Ange
Hahaha!
muito bom!
eu sempre digo que vou encontrar o grande amor da minha vida no domingo de manhã, com a cara amassada, comprando papel higiênico no supermercado!
Que hilário, Glícia!!!! Me parti de rir imaginando a cena!!!
E adorei ver também que você adotou a mesma tática que eu: aboliu pão francês pra não ter que ir à padaria de manhã! Aqui em casa, faz anos que só comemos pão de forma...
Abraço.
E pensar que o dia q o Bola e eu ficamos a primeira vez eu tava de short de pijama, jaqueta de couro, pé no chão, cabelo preso com caneta, molhado e bêbada!! E ele ainda disse, quando eu passei: Que sabor! Nada é impossível nessa vida!
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