quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Preparação Pré-gravidez

Decidir ter um filho é uma decisão difícil, ainda mais para uma mulher que nunca sonhou em tê-lo, mas que se casou com um homem apaixonado por criança e que o maior sonho é ser pai. Não dizem que os opostos se atraem, então está aí a confirmação!

Somos casados a 3 anos, durante esse tempo me apeguei às mais variadas desculpas para adiar a gravidez, muitas dúvidas e inseguranças ainda assombram minha mente, do tipo: o que vai ser da minha vida profissional?Será que vou conseguir lidar bem com todas as mudanças que meu corpo vai sofrer?Será que vou dar conta de ser mãe, mulher e amante? Será que estou preparada para educar uma criança?Será que....E assim poderia ficar horas falando das minhas dúvidas, mas me dei conta que não sou mais uma menina, já tenho 29 anos, moro em uma cidade do interior com bastante qualidade de vida, estou em um emprego um pouco mais tranqüilo que o anterior, tenho uma condição financeira agradável, um marido que será um pai maravilhoso cheio de amor pra dar e o mais importante, me conscientizei que vou ter um filho e não me tornar inválida. Então decidi ser mãe! Mas não pensem que foi tão fácil assim!

Teve todo um trabalho psicológico, minha mãe contribui muito com as frases: “Tudo na vida tem seu tempo” e “A natureza é sábia, fez com que a gestação durasse 9 meses para a mulher poder se acostumar com a idéia de ser mãe”, meu marido colaborou com a imensa vontade de ser pai, chegando ao cúmulo do absurdo de bater boca comigo porque ele queria comprar um carrinho de bebê a um ano atrás, o anjinho da minha sobrinha de 4 meses também me incentivou, lógico que também teve meu empurrãozinho pessoal, leio freqüentemente o jornal do hospital em que trabalho intitulado: gestante , fui a uma ginecologista para me informar melhor e ela veio com tantos procedimentos necessários para ser mãe com planejamento que até assustei, mas confesso que estou seguindo todas as recomendações, inclusive a de passar um creme hidratante na barriga para melhorar a elasticidade da minha pele (acho que comprei mais pelo fator emocional), coloquei como fundo de tela do meu computador um neném bem gordinho, já me informei onde tem aulas de hidroginástica e agora evito ir com freqüência à UTI neonatal. UFA!!!Acho que depois de tudo isso estou um pouco mais preparada! Mas ainda não parei de tomar o anti neném, acho que antes do final do ano tomo coragem!rs


Débora é uma mulher independente, que só pensava no trabalho e na carreira brilhante de farmacêutica, mas se casou com um apaixonado por crianças e agora tem a difícil tarefa de constituir família. Escreve aqui às quintas.



6 comentários:

Paula disse...

Débora, se não tivesse sido escrito por você, diria que é a minha vida!!! Exceto o trabalho...
Meu marido também é assim, não pode ver uma criança que os olhinhos brilham e pela maneira como brinca com nosso sobrinho, sei que será um paizão!
Mas eu ainda estou nos "Será que...?" rsrs.
Boa sorte para você! Beijos.

Aline Bahiense disse...

Realmente ter filho requer muita preparação. Quem falou que ser mãe é padecer no paraíso tinha toda razão. Já houve um tempo em que achava muito estranho alguém não querer ser mãe. Hoje, mãe de dois, respeito completamente a posição de quem resolve não tê-los: é preciso muito amor e dedicação, senão é melhor não partir para essa experiência. Mas o lado bom da coisa é TÃO, TÃO MAIOR, não tem preço. Vai em frente e muita sorte nessa jornada! A vida fica completa e com um sentido maior...

Unknown disse...

Ai que emoção!
Tô até vendo seu filho e do Mário vai ser uma criança linda. Mas provavelmente será tão inteligente que aos 3 anos de idade já terá aprendido todas as artimanhas para conseguir tudo que quer de vocês dois.. kkk
bjos e boa sorte na empreitada!

Sisa disse...

Oi Débora!
Desejo pra você muita coragem nessa hora! Todos os pré requisitos pra ser mãe de uma criança feliz você tem. E o que uma mãe quer mais do que filhos felizes?
Beijos!

Angel disse...

Débora, que linda sua preparação. Logo, logo você estará pronta para receber o seu bebê. Boa Sorte e muita felicidade para sua futura grande família.
Bjos
Angel

Anônimo disse...

CORRE, CORRE...UFF

Em primeiro lugar - Peço desculpa por usar o Vosso Blog como desabafo...mas tropecei nele por acaso e afluiu ao meu cérebro (já de sim cheio de ideias grávidas) um molho de ideias a expor aqui...só para mim ou para quem quiser ler.

Ora, aqui vai...

Também eu já vou nos 30...31! E apesar de ter namorado (há 7 anos) AINDA não temos nénés. Antigamente (quando tinha 20 anos) achava que 30 seria a barreira para ter filhos. Barreira que não queria transpor por duas questões: Primeiro tinha receio de ficar gorda e não recuperar o meu charme LOL. (Mas que egoísmo!) Segundo não queria que houvesse conflito de gerações e tornar-me numa mãe galinha!
A realidade provou ser bem diferente...
Aos 18 anos entrei para a Universidade e aos 25 anos estava com um "canudo" (entre-aspas porque só passado 5 anos recebi o diploma e para minha grande desilusão, não vinha num canudo de cobre).

Nunca eu vi outro percurso possível. Acabo o 12º ano e de seguida vou para a Universidade. Acabo a Universidade e vou arranjar trabalho e isso vai-me ser facilitado por ter o "canudo" (Errado!!!) Arranjo um emprego. Ganho experiência. Estabilizo. Compro casa. Caso. Tenho filhos. Nada correu como eu pensava. (Para quem esteja nesta altura a pensar esta gaja é mesmo negativa - pessimista: Desculpem-me 50% do deprimismo é a TPM). Já se foi uma lata de leite condensado...

Se calhar o problema é planear as coisas demasiado e não viver a vida como nos é oferecida. Um dia de cada vez! (Porque é que me parece um qualquer powerpoint como golfinhos, corações e estrelinhas a piscar).

Desejo à cerca de 2 anos para cá muito intensamente ter um filho/a. Mas reconheço que estando desempregada...e sem perspectivas de me empregar tão cedo e sem subsídio de desemprego (estive sempre em estágios e recibos verdes). Mas se analisar bem as coisas. Caso eu conseguisse um emprego. (Se...se...se!!!)Quando estivesse grávida rapidamente ficaria sem renovação de contrato...

O certo é que já estive muito próxima de ser mãe…Foi um ERRO, não posso pensar assim agora. Na altura também ia ficar desempregada no mês a seguir e estava com 26 anos…ainda havia um caminho pela frente a percorrer. Acontece que só passado 6 meses tive emprego será que o teria conseguido caso tivesse gordinha… Nunca o saberei!

Então, a conclusão sábia surge…AGORA é a altura ideal!

Só há uma pequena, grande "confusão/senão". O homem que eu escolhi para ter ao meu lado não me parece o ideal…estou a atravessar uma fase má…será uma fase!?. Apesar de desempregada sou eu com o dinheiro que juntei que pago as contas (não é este o sítio ideal para fazer ecónomia doméstica...mas desculpem-me)e o meu namorado (queixinhas!!!)gasta o dinheiro nos seus hobbies (que diz serem interrompidos de imediato, caso tenha filhos). Além disso acumula empréstimos desde que o conheço. Acaba um agora em Janeiro próximo. Será que outro virá?! Optimismo: Sorriso!:)

Mas eu com este meu desejo em ebulição, PENSO (mas isso não se pode ver assim, é algo sério! Pensar!?) em arriscar num futuro próximo…Mesmo que não for para sempre (nunca saberemos se será?! Há aquela história que os casais se divorciam mais hoje em dia porque não fazem cedências parte a parte…E nós mulheres temos a nossa independência financeira, podemo-nos dar a esse luxo.)

Mas eu não tenho CORAGEM! Nem para tomara decisão de ter filhos nem para me ir embora. Tenho medo de ficar sozinha!!!! É isso…Não é o querer salvar a relação com um filho…Sei que isso acontece às vezes nas relações, mas eu sei que não é isso que nos vai juntar. O deslumbramento passou e é necessário haver uma RE - conquista diária (bem, ou pelo menos semanal) para nos apaixonarmos por nós próprios…e um pelo outro de novo. O facto é que as obrigações tributárias, contas para pagar, rotinas, limpezas, etc. Tiraram o romantismo todo ao estar juntos e os nossos corpos acomodaram-se ao tacto diário e não pululam de desejo.

Bem, já me alonguei demasiado e fugi um pouco ao tema (das gravidezes).

Uma coisa resultou desta reflexão…Não posso ter um filho para me sentir acompanhada e para projectar nele o meu amor! Viver em função dele, negligenciar a minha relação com o meu namorado e por fim aos 50 anos (quando o meu filho estiver crescido) constatar que não tenho vida própria.

Sou perita em realizar cenários catastróficos.

Beijos para todas(os) e obrigada pelo POst…

P.S.: Não se preocupem não tenho dupla personalidade (é costume redigir muito entre parêntesis, porque faço muita auto-análise).

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