terça-feira, 18 de setembro de 2007

Queridas Marias

São tantas as Marias em minha vida que resolvi escrever sobre elas.

Antes de mais nada, as minhas Marias são chamadas de Maria, mesmo que não agradem da idéia. Não faço isso para irritá-las, mas para exaltá-las.

A sociedade vulgarizou este nome até o limite das Marias se apresentarem pelo segundo nome, quando os têm.

Pesquisando significado de nomes, descobri que o nome com a inicial M inspira confiança e sabe extrair o que a vida tem de melhor com muita sabedoria. (Laeticia, Cecília, Milena e Mariana, podem inchar! Tem alguém com inicial M escondida?)

Falando de Maria, o nome vem do hebraico com o sentido de senhora soberana. Pode ser o "senhora" citado pela Roberta, que inspira respeito e nos faz lembrar que já passamos dos 15 anos. Ou também o "senhora" significando proprietária, senhora de si e de algo mais
, presente em todas as Marias. Como complemento, o nome indica força vital, serenidade e vontade de viver.

Vovó era Maria, pura. Não teve como fugir de ser Maria. E nem queria, ao contrário, aconselhou minha mãe, também Maria, a me batizar de Maria. Mamãe rejeitou a idéia com veemência.

Maria Lúcia, minha tia, já falecida, era o centro da família de meu pai. Ela exercia um magnetismo inexplicável, unindo todos nós. Deixou-nos e levou a união. Será amada sempre.

Maria de Fátima, amiga de qualquer hora, talvez de outras vidas. Fala por nós duas. Compartilhamos nossas chatices, que não são poucas, e nos suportamos devido ao grande amor que nos une.

Maria Laeticia, talvez seja a encarnação da força vital das Marias. Seu jeito inflamado é contagiante. Estamos fisicamente distantes, mas unidas por um laço de fita bem colorido, pela gula, pela sua presença marcante, por uma foto dela (tirada para passaporte) que encontrei perdida entre as minhas velharias e, agora, pelo blog.

Maria Cecília, conheço pouco e o suficiente para admirar sua coragem, sua inteligência. Parece-me ligada no 220 e aposta no Amor, como eu. Agrada-me ler seus textos, seus e-mails. Desejo conhecê-la mais e melhor, se o mundo lhe der uma folga.

Enfim, Maria Virgínia, mamãe. Não lhe agrada ser Maria, por serem muitas as Marias do mundo. É a Maria da vontade de viver, vive consertando os pedacinhos que dão defeito. Essa Maria é mais minha do que todas as outras, mais amada, mais linda... Vivo procurando algo de Maria em mim, por herança genética e não achei, ainda. Ela é única, mesmo sendo Maria.

É impossível citar todas as Marias que já vi e conheci. Sinto que são especiais, talvez tenham uma santidade, pelo valor bíblico do nome. De tão querido e utilizado, qualquer complemento lhe cai bem: Clara, Luiza, Dorotéia, Paula, enfim, Marias. São muitas e são únicas, são minhas e do mundo, são parte de nós e de nossa história. Benditas Sejam!


Angélica é uma ilha cercada de Marias por todos os lados. E gosta disso. Vê, além da popularidade do nome, sua força, sua vitalidade. Não conhece o lado sereno das Marias e sim o lado Vulcão (em atividade), que não adormece, no máximo cochila.

6 comentários:

Professora Vanessa disse...

Angélica,
amei o seu texto, mesmo porque tenho uma Maria em casa, na verdade uma Mariazinha! Mariazinha no tamanho, mas pelo o que já apresenta, uma MARIA, no significado mais completo do nome.
Parabéns pelo lindo texto!
Um grande abraço,
Vanessa.

Paula disse...

Adorei, Angel! Eu também adoro Maria! Acho um nome lindo, com caráter santo e super harmonioso; combina com tudo mesmo, daí ser tão popular e ao mesmo tempo tão soberano!
Conheço muitas Marias também e a maioria delas prefere ser chamada pelo segundo nome! Até meu marido, quando disse que se tivéssemos uma filha queria que fosse Maria Clara, não gostou, achou muito comum... Quando propus Sophia, com "ph" mesmo, ele cogitou voltar para Maria Clara rs (sou persistente).
Beijos.

Sisa disse...

Ai Angel, adorei aparecer no seu texto! Pode deixar que teremos tempo suficiente para nos conhecermos melhor. Mas você adivinhou, sou ligada no 220 e aposto no amor!
Bjs!

Anônimo disse...

Durante anos de minha vida me recusei a ser chamada "Maria de Fátima". Odiava com todas as minhas forças!!! Acho que não estava pronta para ser "Maria", pois não é fácil carregar um nome tão forte, tão poderoso e que não necessita sequer complementos. Você, passado um tempo, começou a me tratar desta maneira e não me vi no direito de te corrigir, afinal te chamo de "Angel" e nunca te perguntei o que acha disto. E mudar nome das pessoas é comigo mesmo! Mas o fato é que aprendi a ser "Maria" com o tempo, com o amadurecimento, crescendo, sofrendo, aprendendo, lutando... E sobretudo compreendendo o sentido de "Maria". E passei a gostar e não me importar; já há algum tempo quando perguntam meu nome respondo: MARIA DE FÁTIMA e não mais Fátima, como antes.
Mas depois de ler tua crônica fiquei mais orgulhosa ainda. Adorei! Você foi divinamente inspirada ao escrever sobre MARIAS e o fez de forma muito linda e delicada.
Gracie por me fazer "Maria" na tua vida.
Te amo...
Eu

Anônimo disse...

Concordo plenamente: MAria é forte, é feminino, delicado e forte, ao mesmo tempo.
Sempre disse, desde que me entendo por gente, que quando tiver uma filha ela se chamará Maria, mas Maria puro, para que ninguém possa chamá-la por outro nome.

Abraços,

Marina.

Unknown disse...

Amo muito as Marias da minha vida. Minha mãe e todas as tias o são.
Realmente há uma herança incrustada em cada nome e esse é dos mais poderosos!

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