segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Myrtes – a gata

Anastácia ainda morava com sua família, pai, mãe, avó, irmão e a gata Myrtes. A gata malhada havia sido encontrada na rua, abandonada por alguém desalmado e invejoso, que, provavelmente, não conseguia conviver com animais independentes, como era hábito em sua terra, mas que por sua vez devia adorar passarinho em gaiola. Bom, mas isso realmente não importa.

Myrtes já estava na família a alguns oito anos, já engordará, já tinha adoecido e quase ido pro beleléu e levado toda a família junto de desgosto e tristeza, mas não, agüentou a doença e os tratamentos e melhorou. O pai de Anastácia sempre tinha gostado desses bichanos e de outros animais também, na casa de Anastácia já haviam passado coelhos, galinhas, cachorros, cágados, hamsters, e outros pequeninos que iam e vinham quando queriam como micos e esquilos, mas os gatos, ah, esses eram permanentes.

Fato é, que a Myrtes com seu humor único e às vezes mediúnico, tinha encantado a todos. Como é sabido o dono de qualquer tipo de animal compreende os sinais, os murmúrios, e pequenas peculiaridades que, por vezes, só o dono mesmo é que vê.

Um dia desses, Anastácia e seu irmão, Vladimir, estavam na sala conversando, já tinham tomado algumas cervejas, não estavam tontos, mas estavam, por assim dizer, mais alegres do que o normal, e, desta maneira, riam mais do que o normal. Não me lembro bem qual foi a piada ou o motivo, mas aconteceu de ambos explodirem em gargalhadas intermináveis e sucessivas, quanto mais riam mais cômica e ridícula era a situação, pois nem eles mesmos se lembravam mais por que estavam rindo. De repente sentiram uma energia, para ser mais exata, um par de olhos arregalados em sua direção, analisando-os, avaliando-os, era Myrtes. Estava na sala já há algum tempo e não haviam notado a presença, mas ela estava lá, com aquela cara de quem pensa – como são bobos, riem de qualquer coisa. Se ela realmente pensou isso ou não, não podemos ter certeza, mas Anastácia e Vladimir tiveram a garantia de que efetivamente estavam ridículos e riram disso também.

Gatos - sem eles como conhecê-los?

3 comentários:

Angel disse...

Adoro gatos e já tive muitos. Minha casa já foi mais de gatos do que nossa... Já chegaram a 12.
Bons tempos...
Texto excelente!
Bjos!

Advokete disse...

Eu confesso que prefiro cachorros, apesar da minha mãe amar gatos (e de um dia tê-los odiado hehe).

Sisa disse...

AMO gato. Quero ter minha casa pra ter uns dez! Bem peludos! O bacana de gato é que parece que eles agem como se eles que fossem nossos donos, rs...

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