terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Cura

Férias! Sem trabalho todo o dezembro! Não consigo expressar, em palavras, meu alívio. Estou mais leve desde o último sábado. Caminhadas, corridas, passeios, rumos diferentes... é o que quero e preciso. Preciso mesmo é crer que esse tempo me ajudará a largar minha intolerância (que não está ligada à TPM, porque essa eu só ouço falar) em uma encruzilhada qualquer. Esse tempo será a cura.

Nos últimos meses (nem sei quantos) estou avessa aos gritantemente diferentes de mim. Não consigo compreender a lógica do pensamento deles, aliás, não encontro a lógica, mesmo procurando com afinco. Em alguns momentos me pergunto: quem é o E.T aqui, eu ou eles? Algum de nós está no planeta errado.

Em momento algum aprendi que a vida é fácil. Ao contrário, sempre soube que tenho de me esforçar para conseguir o que sonho e quero. Estudar (decentemente), trabalhar (com coerência e ética) e amar (à minha maneira, respeitando a maneira alheia) pode ajudar a tornar a vida menos difícil. Mas o que testemunho todos os dias é bem diferente disso. Cada vez mais as pessoas se agarram à comodidade de não pensar, não produzir e preferem usar o que está pronto, seja quem for o autor.

Admito que meu senso de humor não me permite participar de enquetes sobre programas humorísticos. Dificilmente me divirto com esse tipo de entretenimento. Mas morro de rir com textos insuperáveis do nosso blog como “Ao Mestre Splinter” e “Intolerância em Quatro Atos”. Para balancear, tenho ouvido tanta baboseira, de pessoas que riem de si mesmas (o que pode ser benéfico em muitos casos) antes mesmo de terminarem a baboseira. Estou intolerante até com algumas “cantadas” que ouvi nos últimos tempos. Prefiro o silêncio a tanta mesmice e falta de criatividade.

Enfim, estou cansada, física e mentalmente.

Conforta-me saber que algumas pessoas entendem o que sinto e sentem, como eu, que o mundo está diferente. As pessoas estão diferentes e o “Exército dos Sem Noção” ganha mais adeptos a cada dia e, pior, sem recrutamento.

Que neste período de descanso eu encontre a serenidade para conviver com o diferente e a tolerância que deve estar em algum lugar, em mim, escondida tentando se refazer dos sustos recentes.


Angélica é calma, porém está intolerante e acredita que pode superar isso com algum descanso, brigadeiros e muita fé no homem. Dedica esse texto a Marcos e Ronald, que sabem exatamente o que ela quer dizer.



5 comentários:

Mia disse...

Toooodo mundo merece ter paciência para os exercícios sem noção ¬¬
Rir da própria cara é revigorante; acredite - experiência própria; todos os dias, todas as horas, todos os desastres rrsrs

=****

Anônimo disse...

Olha Angel, eu não sei se a tolerância é possível... vira e mexe me pego pensando se realmente sou deste mundo!
Ainda não encontrei resposta, mas acho bem melhor estar perdida do q me encontrar neste universo paralelo do nonsense...
Não acredito mto na cura, mas desejo q os brigadeiros te ajudem!
Gostei mto do seu texto!

beijo

Paula disse...

Angel,
Não sei se o período de descanso pode tornar alguém menos intolerante. Mas estou com a mesma esperança que você, e contando os dias para janeiro chegar e eu curtir merecidas férias!
Este ano foi punk para mim!
Boas férias!
Beijos.

Unknown disse...

Angel,

Não vejo a hora de chegar o momento das minhas férias, também ando bem intolerante com os "sem noção"!Parece que quando o seu estopim já acabou é que esse pessoal decide te irritar em bando!

bjs

Sisa disse...

Oi Angel,
tirei pouco mais de uma semana de folga e voltei numa disposição incrível pra minha vida normal. Boas férias, descanse bastante, recarregue as baterias!

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