domingo, 7 de outubro de 2007

Liberdade

Liberdade é uma palavra fácil de entender, mas não tão fácil de se definir. Para mim, o início da liberdade acontece quando conseguimos transpor a barreira do nosso próprio corpo. Estamos basicamente em dois planos: o mental (que são os desejos, intenções e pensamentos) e o físico (que são as realizações, nossa interação com o mundo).

Até onde podemos ir usando nosso corpo?

Até onde precisamos do nosso corpo para IR?

O corpo pode ser um aliado, sendo flexível, ágil e forte ou ainda pode ser uma grande barreira, quando se transforma numa carapaça dura, contraída, encolhida. Quem vai determinar como nosso corpo será é nossa própria mente: sentimentos positivos fazem do corpo um aliado, sentimentos negativos, como o medo, a timidez, o rancor, o transforma numa barreira.

Observando, constatamos facilmente que seríamos capazes de coisas até então incríveis. Saltos, corridas, giros, arremessos! Movimentos perfeitos, acrobáticos, maravilhosos.

Mas precisamos atingir a liberdade que só o movimento é capaz de dar, a essencial expressão do corpo. Para isso é fundamental deixar a vergonha de lado e permitir que a criança que existe dentro de nós aflore. E quanto antes melhor.

Não podemos ser responsáveis por uma geração aprisionada em seus próprios corpos, crianças atadas a televisão e computadores, que perdem a noção do seu rico potencial.

Várias vezes me deparo com críticas e gestos de espanto e medo quando vêem a liberdade que permito meus filhos terem para pular, escalar, pendurar, correr... Mas faço isso com plena consciência de que o risco até existe, mas é mínimo diante dos ganhos de consciência corporal e autoconfiança. Não sei bem o porquê, mas não tive uma infância tão rica em movimentos, mas agora corro atrás do prejuízo. Sei que ainda vai demorar um pouco, mas ainda poderei dizer: o céu é o limite!


Aline, que praticamente “baba” quando vê alguém praticando “le parkour”, ginástica olímpica, taekwondo e afins


2 comentários:

Paula disse...

Já dizia um professor meu que estamos aprisionados em nossos corpos e sequer sabemos o que é realidade, porque nossos sentidos, que fazem a ponte entre nós e o mundo, constantemente nos traem.
Eu entendo esta perspectiva de vida da mesma forma que você: a mente nos impulsiona, mas seu veículo é o corpo; daí podermos nos aprisionar ou nos libertar.
Eu acredito que tudo pode quem em si acredita e estabelece um objetivo. Basta persistência!
Sabe o que me faz babar? Ver alguém correr maratona; para mim é o limite do corpo! Cheguei a correr até a São Silvestre e realmente o esporte é uma grande via de acesso para a liberdade!
Muito bom!
Beijos.

Sisa disse...

Eu sou uma pessoa extremamente preguiçosa, confesso. Por mim eu faria tudo com o poder da mente. Tenho o péssimo hábito de dar valor à "alma" e esquecer que a gente tem que ter um corpo saudável pra transportá-la...

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