terça-feira, 9 de outubro de 2007

Quando eu era criança pequena...

Gosto de música e convivo com ela desde criança, criança pequena (a criança grande está aqui e aparece com freqüência, mesmo sem ser convidada). Cresci ouvindo músicas clássicas, que eram as preferidas de meu pai. Acostumei-me a Vivaldi, Brahms, Tchaikowski, Ravel, Bethoven. E gostei. Inclusive, a música mais bonita que conheço e que me provoca grande emoção é o Adágio de Tomaso Albinoni. Também me marcou aprender o alfabeto cantando. É das coisas que jamais vou esquecer. E ainda criava poeminhas, e eu mesma musicava-os para fazer um showzinho para o papai. Se fosse hoje, jamais faria teria coragem... Não posso me esquecer de Carpenters, adorava ouvir o vinil que tenho deles (daqueles que só tem quatro músicas, o menorzinho), principalmente “Please Mr. Postman”. Cantava e dançava de cor e salteado em frente à radiola. É, tínhamos uma radiola enorme, daquelas que parece um móvel, com estrutura de madeira, com toca-discos e rádio com todas as ondas possíveis.

Depois vieram as músicas infantis. O primeiro especial de que me lembro foi “A arca de Noé”. Está aqui, na minha frente, com aquela capa cheia de bichos para recortar. Nesse disco há músicas memoráveis como “A casa” (Era uma casa muito engraçada... Boca Livre), “São Francisco” (Lá vai São Francisco pelo caminho...Ney Matogrosso), “As Abelhas (Venham ver como dão mel as abelhas do céu... Moraes Moreira). E surpreendentemente não me esqueço das letras.

“Pirlimpimpim” também foi massa. Destrincharam todo o Sítio do Pica-Pau Amarelo e ainda rechearam com Hércules e Rapunzel.

A tia Dulce também tinha umas musiquinhas das quais não me lembro bem, mas eu adorava assistir. Só pra clarear as coisas, a Tia Dulce era um programa infantil local, aqui de Belzonte e arredores.

O Balão Mágico veio para completar as músicas inesquecíveis com o “Ursinho Pimpão” e o “Superfantástico”.

Eu brincava de casinha, pique-esconde, amarelinha, elástico, queimada, “ficava de mau” e, graças à Deus, não tinha vídeogame. Também não tinha bicicleta e não sei andar até hoje, mas Deus não tem nada a ver com isso.

Foi chegando a adolescência e tudo ficou pra trás, inclusive a fofolete, uma bonequinha linda que era a febre na minha infância. Restaram-me as músicas, os discos de vinil que ainda tenho como ouvi-los. Assim como os clássicos, as músicas da minha infância são imortais para mim e para a maioria da minha geração.

Quando eu era criança pequena aqui em Belzonte, eu era feliz e sabia.


Angélica ainda adora as músicas de sua infância e as ouve de tempos em tempos, como hoje, enquanto escrevia esse texto e futricava o Youtube à caça das músicas que citou e outras mais tipo “O bem vence o mal, espanta o temporal, azul, amarelo, tudo é muito belo...” do desenho do He-man. Na próxima terça estará aqui com certeza.


3 comentários:

Paula disse...

As músicas da nossa infância são tudo de bom, não é? Como gosto delas!
Minhas favoritas são as que minha mãe cantava! Nunca esqueci!
He-man era muito bom e She-ha então?
Angel, muito bom seu túnel do tempo!
Beijos.

Sisa disse...

Ai, eu adorei foi a Tia Dulce. Eu fui no programa dela! Os discos eu também tive, mas graças a Deus eu tive videogame!
Bjs!

Gisele Lins disse...

Não acredito, Angel!!!!
Você lembra EXATAMENTE das memsas coisas que eu!!!!

Nossa, quando eu li "O bem vence mal..." caí muito na risada!!!

Puxa vida, que texto legal! Pra mim só faltou falar de uma coleção de disquinhos de música infantil que vinham numa vitrola vermelha, se desmontava e virava uma maletinha. "O sapo não lava o pé, nãolava porque não quer..."
Hahahahahahaha!

Um abraço e obrigada por trazer lembranças tão boas!

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