É engraçado pensar como uma simples mudança de idade pode trazer alterações tão perceptíveis, chegar aos 30 é saber o gostinho da liberdade plena, de ter as rédeas da vida (apesar de ainda ter dúvidas no guiar), de não ter que dar satisfação de nada pra ninguém, só pra nossa consciência, que é sempre muuuito boa conosco.
Ao mesmo tempo, começamos a perceber sutis mudanças nos objetivos traçados e nos valores que cada um representa dentro da nossa escala de importância e, com isso, para contradizer a satisfação em ser plenamente livre, vem a necessidade de arrumar uma consciência extracorpórea, aquela que sempre vai pensar de forma totalmente oposta (ao ponto de até fazer xixi em pé) e que vai nos acompanhar simplesmente "até que a morte nos separe".
O pior, ou melhor, disso tudo, é que essas mudanças acontecem de forma tão natural que quando você se dá conta, casou!! Aí, quando acredita que chegou a parte “e viveram felizes para sempre”, descobre que a sua nova consciência tem manias que ferem totalmente a sua consciência antiga, que a casa nova dá mais trabalho que todas as provas feitas na adolescência e que você não tem noção de como é possível ser uma profissional realizada, cuidar da casa (como sua nova situação de esposa exige) e ainda, como as cobranças não são poucas, ter filhos com o dia de apenas 24horas.
Com o passar do tempo, com as adaptações necessárias realizadas (como a instalação da máquina de lavar roupa e o marido cozinhando nos finais de semana) você começa a pensar como foi possível viver tanto tempo sem todas essas “obrigações”. Percebe que ser casada é uma decisão de extrema loucura, mas que é dela que vem a felicidade, em cada conquista na construção da convivência a dois.
No final, percebemos que o motivo de ter a segunda consciência é fazer com que cada um se torne melhor, mais generoso e, principalmente, mais sensível às outras pessoas. E assim, seguindo a ordem natural das coisas, que venham os filhos e com eles o despreendimento franciscano de ser mãe; mas esse já é um assunto para um post bem mais pra frente.
Ao mesmo tempo, começamos a perceber sutis mudanças nos objetivos traçados e nos valores que cada um representa dentro da nossa escala de importância e, com isso, para contradizer a satisfação em ser plenamente livre, vem a necessidade de arrumar uma consciência extracorpórea, aquela que sempre vai pensar de forma totalmente oposta (ao ponto de até fazer xixi em pé) e que vai nos acompanhar simplesmente "até que a morte nos separe".
O pior, ou melhor, disso tudo, é que essas mudanças acontecem de forma tão natural que quando você se dá conta, casou!! Aí, quando acredita que chegou a parte “e viveram felizes para sempre”, descobre que a sua nova consciência tem manias que ferem totalmente a sua consciência antiga, que a casa nova dá mais trabalho que todas as provas feitas na adolescência e que você não tem noção de como é possível ser uma profissional realizada, cuidar da casa (como sua nova situação de esposa exige) e ainda, como as cobranças não são poucas, ter filhos com o dia de apenas 24horas.
Com o passar do tempo, com as adaptações necessárias realizadas (como a instalação da máquina de lavar roupa e o marido cozinhando nos finais de semana) você começa a pensar como foi possível viver tanto tempo sem todas essas “obrigações”. Percebe que ser casada é uma decisão de extrema loucura, mas que é dela que vem a felicidade, em cada conquista na construção da convivência a dois.
No final, percebemos que o motivo de ter a segunda consciência é fazer com que cada um se torne melhor, mais generoso e, principalmente, mais sensível às outras pessoas. E assim, seguindo a ordem natural das coisas, que venham os filhos e com eles o despreendimento franciscano de ser mãe; mas esse já é um assunto para um post bem mais pra frente.
Lina está bem pertinho dos 30 e se delicia com todas as descobertas e mudanças feitas a cada vez que “ele” se aproxima.
6 comentários:
Lina, adorei seu texto! Estreou com estilo!
Eu também sou casada, casei aos 25 anos, no início do mestrado, o que chocou muita gente, mas estávamos certos disso e acho que ainda estamos rsrs.
Verdade seja dita: a consciência extra corpórea (adorei o termo) às vezes nos confronta e as brigas são inevitáveis, inclusive para demarcação de espaço rs; só que ela também nos faz perceber que o ser humano não nasceu para ser sozinho e que pode ser muito mais em dupla! Desde que haja muuuuuuuuito companheirismo, respeito e amor, é claro!
Beijos.
PS: Quando casei, minha maior dificuldade inicial foi perceber que a dispensa não se completava sozinha rsrs. Nunca precisei cuidar destas coisas antes, pois minha mãe é eficientíssima!
Lina,
muto legal o seu texto! Somos mesmo insanas, porém felizes! E é exatamente isso que a gente busca pela vida afora. Adoro um texto da Cecília Meireles que fala sobre a questão de valorizarmos as coisas que estão diante da nossa janela, de que é preciso aprender a olhá-las para encontrar nelas a felicidade, pois são felicidades certas. Casamento, marido, filho, pato, marreco... é tudo muito corrido, muitas vezes estressantes, mas é preciso aprender a olhar.
Um grande abraço, Lina e parabéns pelo texto!
Vanessa.
Oi Lili,
Bem vinda na estréia! Li seu texto com um sorriso, lembrando do primeiro dia que você falou de consciência que faz xixi em pé e a gente riu horrores rs. Quem sabe eu ainda esbarro na minha nova consciência um dia por aí, né?
Essa é a minha esposa, estou orgulhoso de ter uma mulher que acima de qualquer coisa possui um caráter inquestionável, em suas palavras pude viajar e ver como nosso processo de "adaptação" a uma nova consciência, seja a que faz xixi em pé ou sentada - rsrs, nos completa, mesmo que seja com suas diferenças. AMO MUITO VOCÊ. BEIJOS e com um certo orgulho, OBRIGADO PELO TEXTO, lindo!
Seu marido - Marcelo
Eu acho lindo quando maridinhos comentam!
Lina, que bom que chegou de vez!
Adorei o texto. A convivência a dois é mesmo surpreendente e especial. Que bom que sua nova consciência lhe trouxe felicidade. E que bom que ele é participativo tb.
Beijos!
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