Aeroporto sem teto e eu sem chão.
Madrugada escura com a neblina vermelha invadindo o silêncio na cidade grande. Eu esperando.
Pensamentos densos solicitam uma contradança ao meu redor e eu me recuso, não por serem desinteressantes, mas apenas por eu estar exausta. De repente, fragmentos surreais do cotidiano surgem à minha frente e capturam minha atenção, apática até o momento. Malas servindo de almofadas, bancos virando camas. Uma capinha de gilete ao lado do café entornado, ali embaixo da cadeira, escondendo-se da moça com o esfregão azul. O silêncio sepulcral em guerra com a televisão mostrando uma corrida de Fórmula 1, que ninguém assiste. Um pé de chinelo avulso. Surreal.
Vejo um casal dormindo, sentados em um banco, escorridos, mas abraçados. Olho seus rostos e surpreendo-me: que pessoas lindas! Na fileira de trás uma moça com o cabelão Black Power (meu sonho): linda, linda!
Nesta noite eu não dormi, mas acordei achando todo mundo lindo. Todos os rostos, todos os seres meio inertes ou bem vivoas ao meu redor, todos lindos!
Pensei “que estranho”, o que me fez perceber que os pensamentos densos não estavam mais ali. Imediatamente pensei no “Cara-lá-de-cima” (a surrealidade às vezes me provoca isso) e percebi que fazia tempo que eu não pensava Nele.
Que Ele me ajude a lembrar que no meio de tantos lindos eu também posso resolver estar linda! Que eu me lembre de um amigo que me mostrou que o mal e o bem sempre existirão e que o que vai se manifestar na nossa vida será o que a gente dá mais atenção. Que eu possa olhas para as coisas boas, minhas e dos outros, e me sentir responsável por escolhê-las.
Que eu passe a traduzir problemas como oportunidades e que, como ouvi de um amigo, ao invés de ficar dizendo pro meu Deus que eu tenho grandes problemas eu passe a dizer aos problemas que eu tenho um grande Deus.
E que amanhã eu acorde achando todo mundo lindo de novo, pois é divertido à beça (ou pelo menos surreal).
Gisele Lins adora “voltar para casa”, mesmo quando hoje já tenha sua outra casa. Ela anda com pensamentos estranhos, mas se diverte com eles, e escreve aqui aos sábados.
Madrugada escura com a neblina vermelha invadindo o silêncio na cidade grande. Eu esperando.
Pensamentos densos solicitam uma contradança ao meu redor e eu me recuso, não por serem desinteressantes, mas apenas por eu estar exausta. De repente, fragmentos surreais do cotidiano surgem à minha frente e capturam minha atenção, apática até o momento. Malas servindo de almofadas, bancos virando camas. Uma capinha de gilete ao lado do café entornado, ali embaixo da cadeira, escondendo-se da moça com o esfregão azul. O silêncio sepulcral em guerra com a televisão mostrando uma corrida de Fórmula 1, que ninguém assiste. Um pé de chinelo avulso. Surreal.
Vejo um casal dormindo, sentados em um banco, escorridos, mas abraçados. Olho seus rostos e surpreendo-me: que pessoas lindas! Na fileira de trás uma moça com o cabelão Black Power (meu sonho): linda, linda!
Nesta noite eu não dormi, mas acordei achando todo mundo lindo. Todos os rostos, todos os seres meio inertes ou bem vivoas ao meu redor, todos lindos!
Pensei “que estranho”, o que me fez perceber que os pensamentos densos não estavam mais ali. Imediatamente pensei no “Cara-lá-de-cima” (a surrealidade às vezes me provoca isso) e percebi que fazia tempo que eu não pensava Nele.
Que Ele me ajude a lembrar que no meio de tantos lindos eu também posso resolver estar linda! Que eu me lembre de um amigo que me mostrou que o mal e o bem sempre existirão e que o que vai se manifestar na nossa vida será o que a gente dá mais atenção. Que eu possa olhas para as coisas boas, minhas e dos outros, e me sentir responsável por escolhê-las.
Que eu passe a traduzir problemas como oportunidades e que, como ouvi de um amigo, ao invés de ficar dizendo pro meu Deus que eu tenho grandes problemas eu passe a dizer aos problemas que eu tenho um grande Deus.
E que amanhã eu acorde achando todo mundo lindo de novo, pois é divertido à beça (ou pelo menos surreal).
Gisele Lins adora “voltar para casa”, mesmo quando hoje já tenha sua outra casa. Ela anda com pensamentos estranhos, mas se diverte com eles, e escreve aqui aos sábados.
3 comentários:
Seria ótimo se a gente acordasse todos os dias assim!
E os pensamentos estranhos? Se pusermos freio em nosso pensamento, para quê viver?
Adorei!
Beijos.
Adorei o texto...
Nos entendemos, né?
A gente só acha todo mundo lindo no dia que a gente acorda mais linda que o normal, concorda?
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